Amazônia
Cinco novas espécies de cobras são descobertas na Amazônia
Recentemente foram descobertas cinco novas espécies de cobras que se alimentam de caracóis, localizadas em áreas da Amazônia do Equador, Colômbia e Panamá.

Recentemente foram descobertas cinco novas espécies de cobras que se alimentam de caracóis, localizadas em áreas da Amazônia do Equador, Colômbia e Panamá.
Essas cobras dos gêneros Sibon e Dipsas, conhecidas como “caracoleras” em alguns países latinos e vivem em arvores da floresta.
Para chamar a atenção mundial para as ameaças que esses animais enfrentam devido ao desmatamento e à mineração de ouro e cobre, o pesquisador convidou o ator e ativista Leonardo DiCaprio, o ambientalista e filantropo Brian Sheth e a equipe da Nature and Culture International para escolherem os nomes de três das novas espécies.
Nomes escolhidos
DiCaprio escolheu o nome Sibon irmelindicaprioae, em homenagem a sua mãe, para a cobra que é extremamente rara e vive na floresta de Chocó-Darién. Sheth escolheu o nome Sibon marleyae, em homenagem a sua filha. A Sibon canopy, teve o nome escolhido em homenagem ao sistema de reservas Canopy, localizado na província de Coclé, no Panamá.
Como se alimentam
Suas cabeças chatas e mandíbulas flexíveis são especialmente adaptadas para cavar as cascas e sugar os caramujos.
Quando elas atacam, uma cobra que come caramujos toma o corpo do caramujo com seus dentes longos e delicados. Depois, ela começa a mastigar o gastrópode, usando seus dentes para tirar o caramujo de sua casca conforme o maxilar se retrai.
A cobra move cada parte do [dente] para dentro da casca até que atinja a parte carnuda”, diz Arteaga. “Isso acontece em questão de minutos”.
Há atualmente mais de 70 espécies reconhecidas de comedoras de caramujos e elas estão no grupo diverso de cobras arbóreas. Especialistas dizem que a dieta incomum é uma adaptação de seu nicho ecológico específico em florestas onde caramujos são comuns.
Ameaçadas pelo garimpo
Essas cobras estão enfrentando uma ameaça crítica devido à garimpagem ilegal ao longo de rios e córregos em regiões onde vivem, e algumas áreas de mineração estão localizadas no habitat dessas novas espécies.
Embora a garimpagem seja controlada por empresas de mineração em algumas áreas, ela é ilegal em outras e afeta gravemente o meio ambiente. A situação é tão crítica que guardas florestais têm medo de intervir e muitas espécies podem ser extintas se a mineração ilegal continuar no mesmo ritmo no local onde os repteis habitam.

Amazônia
Segunda onça capturada na Reserva Mamirauá pode estar grávida
O animal estava em boas condições físicas corporais e idade estimada de nove anos.

AMAZÔNIA – Após o sucesso da primeira onça-pintada capturada neste ano, os pesquisadores do Instituto Mamirauá, que realizam pesquisas em conservação e ecologia de felinos na Amazônia Central, obtiveram êxito com mais uma onça, desta vez, uma fêmea
Capturado no dia 21 de março, no período da noite, após 27 dias de trabalho em campo na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (RDSM), o felino foi marcado com um colar de monitoramento GPS/VHF.
A equipe, que conta com uma veterinária, três biólogos, e dois assistentes de campo que são das comunidades da Reserva, já estavam felizes com a captura do macho apelidado de “Lula”, e agora comemoram a inclusão da onça “Marielle”, como foi chamada a nova fêmea, na pesquisa para dar continuidade à busca de mais resultados.
“Quanto mais onças capturadas, melhores são as aproximações e modelos ecológicos para entendermos o movimento desses animais na várzea”, explica o biólogo e mestre em Ecologia, Marcos Brito. “Além disso, um maior número de onças também é essencial para o monitoramento contínuo das doenças infecciosas que circulam na população desta área estudada, contribuindo para a criação de estratégias de conservação desses felinos. ”
Com a realização do exame clínico, a veterinária e doutora em Epidemiologia Experimental Aplicada às Zoonoses, Louise Maranhão, afirma que o animal estava em boas condições físicas corporais e idade estimada de nove anos, conforme aparentam os desgastes e colorações dentárias.
“Inclusive algumas alterações odontológicas verificadas são em decorrência da sua idade mais avançada”, comenta. “Além disso, há indícios de que ela esteja gestante, pois no exame de palpação abdominal foi detectada estrutura firme e esférica no útero. Com o monitoramento será possível confirmar essa hipótese. ” Outras alterações observadas foi uma dermatobiose, que é a presença de ectoparasitas, larvas da “mosca do berne” em sua pele.
“De um modo geral o estado de saúde foi satisfatório e com o sangue coletado vamos dar continuidade à avaliação de saúde por meio de exames bioquímicos e testes sobre diversos patógenos”, conta Louise.
Para os pesquisadores, o mais marcante dessa nova captura é a possibilidade da gestação da onça que só poderá ser comprovada com o monitoramento que deverá começar no mês de maio, com o início da cheia na região.
Outra surpresa foi o fato da onça cair no laço no primeiro dia após a reabertura dos mesmos, que tinham sido fechados por sete dias após a captura da primeira onça, que ocorreu no dia 13 de março.
*Com os informações da assessoria
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Amazônia
Amazônia: biofábrica de abelhas é alternativa para geração de renda
Insetos têm papel fundamental na produção de alimentos na região

AMAZÔNIA – A conservação de parte da Floresta Amazônica tem ganhado o reforço de abelhas nativas sem ferrão. Um projeto liderado pelo Instituto Tecnológico Vale (ITV) permitiu a multiplicação de ninhos de abelhas nativas, aumentando a disponibilidade de colônias para criação. Com a Biofábrica de Abelhas Indígenas de Carajás, no Pará, são encontradas 110 espécies de abelhas nativas entre 244 já catalogadas no Brasil.
As abelhas nativas possuem papel fundamental na produção de alimentos na região amazônica, através da polinização de plantas importantes como o açaí, o guaraná e a castanha do Pará. Além disso, as abelhas colaboram na polinização de diversas culturas agrícolas.
O conjunto de colônias indígenas é constituído por espécies locais selecionadas principalmente para a produção de mel e para polinização, além de produtos com potencial para geração de renda, como a própolis. As colônias estão instaladas em meliponários no BioParque Vale Amazônia e o viveiro de mudas da Vale, área com mais de 30 hectares de floresta nativa.
De acordo com o pesquisador do Instituto Tecnológico Vale (ITV) Luciano Costa, um guia foi elaborado para auxiliar na localização e identificação das colônias. “O catálogo tem fotografias da entrada de colônias e operárias de 41 espécies ocorrentes na região e cursos online sobre resgate e manejo de abelhas nativas”, explicou. Geração de renda
O mel produzido pelas abelhas nativas tem valor de mercado que chega a ser dez vezes maior que o mel tradicional, a depender da variedade da espécie. No Sudeste do Pará, a extração de mel é uma atividade econômica que gera renda local para pequenos produtores em Parauapebas, Canaã, Curionópolis e outros municípios da região.
A meliponicultora, criação de abelhas sem ferrão, é uma atividade sustentável, que auxilia na preservação das espécies vegetais e no equilíbrio biológico nos diferentes biomas brasileiros.
Segundo estudos publicados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), as abelhas nativas são os principais polinizadores do açaí (Euterpe oleracea). A pesquisa indica que elas executam cerca de 60% do trabalho de polinização nas flores da palmeira e são mais eficientes no transporte do pólen que os outros insetos, o que impacta diretamente na cadeia produtiva do açaí.
Os estudos foram realizados em áreas naturais de ocorrência do açaí (várzea e terra firme) e em áreas com diferentes níveis de manejo até plantações do tipo monocultivo de larga escala. Ao todo, mais de 200 espécies de insetos (incluindo, besouros, moscas, formigas e outros grupos) foram coletados visitando as flores da palmeira, sendo também muito importantes para a polinização.
Amazônia
Novo tipo de jiboia-anã é descoberto na Amazônia
Uma nova espécie de cobra da família das jiboias-anãs foi descoberta na floresta Amazônica equatoriana

Uma nova espécie de cobra da família das jiboias-anãs foi descoberta na floresta Amazônica equatoriana. Chamada de Tropidophis cacuangoae, a cobra é a segunda espécie encontrada na região amazônica do Equador e quinta na região continental da América do Sul.
A descoberta foi publicada na revista especializada European Journal of Taxonomy com a colaboração de pesquisadores do Equador, da Alemanha e do Brasil.
A análise genética mostrou que T. cacuangoae é uma espécie única e que sua diferenciação de outras espécies ocorreu há pelo menos 15 milhões de anos.
Nomeada em homenagem a Dolores Cacuango, líder indígena local que defendeu os direitos das mulheres e dos direitos humanos no Equador, a cobra tem cerca de 30 centímetros de comprimento e sua cor é predominantemente marrom claro com manchas escuras.
Diferenciação de espécies do gênero
Ela pode ser diferenciada das outras espécies do gênero por ter mais dentes na boca (18 a 21 dentes no maxilar) e pela presença de duas vértebras cervicais (versus três ou mais).
A Tropidophiidae pertence a um grupo raro, que manteve características de família ancestrais semelhantes às outras espécies de serpentes nos últimos 50 milhões de anos.
De acordo com Omar Entiauspe-Neto, biólogo e um dos autores do estudo, a cobra foi encontrada na Reserva Biológica Colonso Chalupas, próximo ao município de San Juan de Muyuna, na província de Napo.
A espécie-irmã T. taczanowsky vive na costa oeste dos Andes e não há registros de serpentes do gênero Tropidophis escalando árvores, apenas arbustos ou árvores baixas. Portanto, é provável que T. cacuangoae se separou da outra durante o soerguimento dos Andes
Ela também está distante mais de 4.000 km das outras espécies continentais do grupo, o que indica que a evolução dos biomas sul-americanos contribuiu para a diversificação do grupo.
Uma característica que chama a atenção desses animais é que eles apresentam restos de bacia pélvica e membros vestigiais, semelhantes a outros grupos mais primitivos de serpentes;
“Esses animais são uma relíquia do tempo, são tão antigos que encontrar ou esbarrar com um deles é um privilégio”, como aponta Mario Yanez, pesquisador equatoriano do Instituto Nacional de Biodiversidade (INABIO), em declaração à Agencia France-Presse.
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